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Dia Internacional do Cooperativismo: Santa Catarina é referência no cenário nacional

As 261 cooperativas catarinenses comemoram o DIA INTERNACIONAL DO COOPERATIVISMO, celebrado neste sábado (7 de julho), ostentando números que confirmam a posição de destaque que o Estado mantém no cenário nacional. No ano passado, as cooperativas cresceram 17% em receita operacional bruta, totalizando 14 bilhões 797 milhões de reais. O quadro social teve uma expansão de 12%, atingindo mais de 1 milhão 267 mil pessoas. Consideradas as famílias cooperadas, isso significa que metade da população estadual está vinculada ao cooperativismo.

O presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (Ocesc), Marcos Antônio Zordan, destaca que o quadro geral do desempenho das cooperativas revela que, em 2011, o número de empregados aumentou 11%, passando a 38.462. As cooperativas pagaram 725,8 milhões de reais em impostos (aumento de 8%) e fecharam o exercício com patrimônio líquido 15% maior, ou seja, 4 bilhões 730 milhões de reais.

As cooperativas dos ramos agropecuário, saúde, crédito e transporte registraram o movimento econômico mais expressivo. O ramo agropecuário representa 65% do movimento econômico do sistema cooperativista catarinense. Encerrou o ano com 52 cooperativas e um quadro social de 63.076 cooperados e 24.681 empregados. O faturamento do ano totalizou 9 bilhões 595 milhões de reais.cooper

O ramo de saúde com 33 cooperativas e 11.173 associados, faturou 2 bilhões 28 milhões de reais.O ramo de crédito, formado por 72 cooperativas que reúnem 719.738 cooperados (associados), teve movimento de 1 bilhão 422 milhões de reais.

O ramo transporte, formado por 24 cooperativas, teve 845,8 milhões de reais de movimento, beneficiando 20.214 cooperados. No ramo de infraestrutura atuam 31 cooperativas de eletrificação rural com 241.955 associados. Em 2011, essas cooperativas faturaram 384.7 milhões de reais. As 11 sociedades cooperativas que atuam no ramo de consumo com 200.358 associados, faturaram 484 milhões de reais no ano passado.

Os ramos de trabalho, produção, habitacional, mineral, especial e educacional, mesmo com menor expressão econômica, são importantíssimos instrumentos para a promoção de renda às pessoas físicas, que organizadas na forma de cooperativas prestam serviços especializados aos mais diversos segmentos da sociedade. São 38 cooperativas formadas por 11.354 cooperados que, em 2011, geraram 36 milhões de reais em receitas.

Segundo Zordan, o Ano Internacional das Cooperativas, comemorado em 2012 por determinação da Organização das Nações Unidas (ONU) e o Dia Internacional do Cooperativismo representam o reconhecimento pela contribuição no desenvolvimento socioeconômico, além de promover a valorização do segmento e, consequentemente, o crescimento nos mais diversos ramos. “É também um momento de valorização aos pioneiros, que encontraram no cooperativismo uma fórmula lógica e real de buscarem juntos o sucesso para cada indivíduo”, finaliza.

Fonte: MARCOS A. BEDIN

MB Comunicação Empresarial/Organizacional

mb@mbcomunicacao.com.br

Projeto de intercâmbio social internacional em SC

Presente em 110 países e territórios e com mais de  50.000 membros, a AIESEC é a maior
organização mundial gerida por estudantes. Focada em fornecer uma plataforma
para desenvolvimento de lideranças jovens, a AIESEC oferece aos jovens a oportunidade de ser
cidadãos globais, para mudar o mundo, e para adquirir experiência e habilidades que fazem a
diferença nos dias de hoje.


No Brasil há 40 anos, esta presente em todas as regiões do país, com 32 escritórios
espalhados nos principais pólos universitários. São mais de 2700 jovens líderes compondo a aiesec
nossa rede.


A AIESEC interage com centenas de empresas e organizações para dar suporte à aquisição de
talentos internacionais altamente competitivos e posicionamento consciente de marca como
empregadores de primeira escolha.

Nesta semana (16), chegaram a Itajaí e Balneário Camboriú, oito de 10 intercambistas que
estarão trabalhando em projetos sociais ligados a Economia Solidária. Os jovens vindos de
países como Chile, Uruguai, Peru, Argentina, Itália e Suiça estão vindo graças a um projeto
desenvolvido pela Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares UNIVALI (ITCP/UNIVALI)
e a organização internacional juvenil AISEC.


Os jovens que aqui passarão aproximadamente 45 dias realizarão trabalhos voluntários em
empreendimentos e entidades ligadas a Economia Solidária da região. O objetivo do projeto é
que os jovens intercambistas conheçam a realidade da nossa região e principalmente a
Economia Solidária, trabalhando com geração de renda coletiva por meio da integração e
intervenção nos grupos de forma coletiva.

Para a coordenadora do projeto, Idalina Boni da
ITCP/UNIVALI, “a parceria que fizemos com a AIESEC tem como objetivo oportunizar um rico
espaço de troca de experiências entre a nossa realidade e a realidade destes jovens.” Idalina
ainda ressalta que há uma grande convicção que a experiência que eles vivenciarão aqui trará
lembranças positivas e os farão multiplicadores e divulgadores da nossa região.


O CEPESI Centro Público de Economia Solidária de Itajaí e o Fórum Municipal de Economia
Solidária de Balneário Camboriú são parceiros do projeto e estarão desenvolvendo uma
extensa agenda nos municípios da região, realizando visitas  com o intuito de conhecer as
políticas públicas desenvolvidas, bem como os Empreendimentos e entidades que atuam na
área.

2012: ano internacional do cooperativismo

Uma forma de unir forças dos pequenos negócios, o cooperativismo estará no centro da agenda de discussões de especialistas, governos e empresários em 2012, quando será comemorado o Ano Internacional das Cooperativas, por determinação da Organização das Nações Unidas (ONU). O lançamento será nesta quarta-feira (14), em Brasília, na sede da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), e contará com a presença de autoridades e de lideranças ligadas ao sistema cooperativista.

“Ser cooperativista é trabalhar em conjunto, ciente de que unidos seremos mais fortes e conquistaremos mais”, afirma o presidente do Sistema OCB, Márcio Lopes de Freitas. Em 2012, serão desenvolvidas diversas ações com o intuito de fazer a população reconhecer, no seu dia a dia, a presença e a importância das cooperativas.

O associativismo e o cooperativismo, conforme explica o diretor-técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos, são fundamentais para o fortalecimento dos pequenos negócios. “Os desafios da competitividade e da sustentabilidade passam por ações coletivas que possibilitem a conquista de soluções conjuntas para objetivos comuns”.

Na programação a ser desenvolvida pela OCB, estão previstos o lançamento da Agenda Legislativa do Cooperativismo e o 2º Encontro Brasileiro de Pesquisadores em Cooperativismo, que tem o objetivo de mapear a produção de conhecimentos sobre cooperativismo no Brasil.

Existem no país 6.652 cooperativas de 13 atividades diferentes. Juntas, elas reúnem nove milhões de associados e empregam 298 mil funcionários. Das cooperativas existentes, 1.548 estão no setor agropecuário e 1.064 no ramo de crédito, segmentos que mais atraem o movimento cooperativista. Só as cooperativas de crédito congregam quase a metade dos associados brasileiros - quatro milhões.

Informações sobre a atuação do Sebrae junto às cooperativas podem ser obtidas no endereço:http://www.sebrae.com.br/customizado/desenvolvimento-territorial/temas-relacionados/associativismo-e-cooperativismo.


Fonte: Agência Sebrae de Notícias

Economia Solidária já gerou mais de um milhão de empregos

Cooperativas, mutualidades, associações de produtores, esse conjunto heterogêneo de entidades econômicas formadas pela união de pessoas mais que por contribuição de capital e que costuma se rotular como economia social e solidária, já sustenta mais de um milhão de empregos na Argentina. Recuperam empresas fechadas, administram obras públicas ou simplesmente são formadas por jovens profissionais que não estão dispostos a trabalhar sob os parâmetros capitalistas.

Propõem um modelo econômico baseado nas pessoas em primeiro lugar e depois nos mercados, onde cada sujeito participa na produção de maneira ativa e democrática, e atendem as necessidades sociais, depois os interesses econômicos.

A Argentina, onde a economia social produz hoje 10% do produto bruto interno, está na vanguarda no continente e no mundo, segundo uma análise da agência especializada Ansol. Desde 2001 até hoje, tanto para reverter a difícil situação econômica, como porque este setor representa uma renovação para um sistema produtivo golpeado pelas receitas neoliberais, a economia social soube consolidar-se como um decosolidariaos fatores de maior crescimento econômico.

Durante o VI Congresso Federal da Economia Social, a Ministra do Desenvolvimento Social, Alicia Kirchner, destacou que "a economia solidária gera um milhão de empregos, 600.000 de maneira direta e indireta com as cooperativas e mutualidades tradicionais e 450.000 com empreendedores sociais. Estamos dizendo que, dos cinco milhões de empregos que são criados na Argentina, um milhão deles são do setor", assegurou.

Num país com uma forte tradição agropecuária, o associativismo apresentou-se como uma alternativa real e rentável para os produtores do campo. De tudo o que ali se produz, 22 por cento está nas mãos de cooperativas agropecuárias de primeiro e segundo grau, detalha o trabalho de Ansol.

Ao se cooperativizar os produtores somam forças para obter melhores valores no mercado e financiamento para a compra de insumos e fertilizantes. Sua importância no modelo atual ficou demonstrada na reunião da presidenta, Cristina Fernández de Kirchner com as autoridades de Coninagro, dia 17 de outubro.

Nas áreas urbanas também estão presentes as chamadas empresas recuperadas, um setor que na Argentina se fortaleceu, além de ser uma resposta imediata diante da perda de fontes de trabalho pela quebra do sistema neoliberal. Segundo o programa Facultade Aberta, da Universidade de Buenos Aires, elas somam mais de 200 e mantém quase 10.000 empregos em todo o país. Ao somar as empresas que se originam com a figura associativa, há cerca de 16.000 em todo o país.

Estas cooperativas dão trabalho a 400.000 pessoas, entre as quais cerca de 40.000 já estão organizadas em federações e nucleadas na Confederação Nacional de Cooperativas de Trabalho (CNCT). Além disso, há cerca de 5500 trabalhadores associados em cooperativas que executam obras públicas em 127 cidades de todo o país. Recebem materiais e assistência técnica e jurídica através da CNCT e recebem seus salários diretamente pelo Banco Credicoop.

Neste sentido, uma grande parte do crescimento deste tipo de empresas deve-se ao impulso recebido desde 2003 pelo governo, ao criar os programas Argentina Trabalha e as cooperativas chamadas 2038 e 3026, facilitando sua promoção no Instituto Nacional de Associativismo e Economia Social, do Ministério do Desenvolvimento Social.

Segundo dados da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), as 300 cooperativas mais importantes do planeta igualam em produção ao PIB da décima economia mundial. Como síntese da situação histórica do cooperativismo, que em 2012 celebrará oficialmente seu Ano Internacional declarado pela ONU, o secretário da Confederação Cooperativa da República Argentina (Cooperar), Ricardo López, disse: "O modelo de lucro, de concentração de capital, baseado na renda financeira, está tendo muitas dificuldades no mundo. Aparece a necessidade de outra economia. É provável que ainda não exista uma consciência global de que o setor cooperativo pode ser essa alternativa. Mas estamos cada vez mais perto".

Fonte: Telam

Feira de Produtos Orgânicos de Balneário Camboriú

Teve início na data de hoje(17/08/2011) a Feira de Produtos Orgânicos de Balneário Camboriú. Numa iniciativa do CEMEAR Centro de Motivação Ecológica e Alternativas Rurais, em parceria com o ARMAZEM  DO COLONO, localizada na rua 1500 nº 676 e com apoio do CDHI Centro de Direitos Humanos de Itajaí.

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A partir de agora, semanalmente todas as 4a. feira, das 07h00 às 13h00 os moradores de Balneário Camboriú poderão contar com produtos orgânicos vindos da região de Presidente Getúlio, fornecidos por cerca de 27 familías de agricultura familiar, distribuidas em 05 municipios que cultivam sem o uso de agrotóxicos.

O Grupo de famílias que fazem parte do CEMEAR estão comercializando também em Itajaí,  no Calçadão da Hercílio Luz e futuramente estarão também na cidade de Penha.

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O comércio de produtos orgânicos já vinha sendo realizado  pela Associação Quilombola Morro-do-Boi, cuja representante a Sra. Sueli Leodoro declarou que continuará com a oferta seus produtos  na tradicional  FEIRINHA DE PRODUTOS ORGÂNICOS,  todos os sábados pela manhã no mesmo local.

O real terá um concorrente

O real vai ganhar um concorrente num bairro da zona oeste do Rio de Janeiro. O CDD, moeda do Banco Comunitário da Cidade de Deus, começa a circular no dia 15 de setembro, junto com a inauguração da nova e primeira instituição financeira deste tipo da capital fluminense. O banco terá um capital inicial de R$ 30 mil. Além de serem estimulados a gastar dentro da própria comunidade, os clientes também poderão pedir empréstimos sem juros para dar início a novos negócios. A proposta é gerar riqueza dentro do próprio território. Os moradores que optarem por empreendimentos locais terão descontos a partir de 5%.


O projeto foi concebido pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico Solidário (Sedes) e conta com parceria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Instituto Palmas, de Fortaleza. O Sebrae no Rio de Janeiro atua para estimular a formalização e a educação empresarial. Os moradores da Cidade de Deus estão participando ativamente de todas as discussões e são os responsáveis pelo nome do banco e das personalidades que serão estampadas nas cédulas: um padre, uma mãe de santo, um pastor evangélico e uma líder comunitária que cuida de dependentes químicos e adolescentes grávidas.


O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico Solidário, Marcelo Henrique da Costdinho200a, avalia que a escolha dos homenageados, além de simbolizar a tolerância e o sincretismo religioso, representa ainda a adesão à proposta. “Eles me contaram que queriam homenagear os próprios heróis. O banco comunitário é uma poderosa ferramenta social para transformação ampla dos territórios, mas, para que seu alcance seja pleno, é preciso dar aos moradores o papel de protagonistas”.

O banco foi inspirado no Banco Palmas, criado em 1998 para beneficiar mais de 30 mil moradores do conjunto Palmeira, periferia de Fortaleza. A ideia deu tão certo que, cinco anos depois, foi criado o Instituto Palmas para disseminar a metodologia, que inclui concessão de empréstimos sem exigência de cadastro, comprovação de renda ou fiador - a avaliação do proponente é feita pelos vizinhos.


A iniciativa na Cidade de Deus faz parte do Rio Ecosol, projeto que abriga diversas ações de apoio à iniciativa solidária. O Complexo do Alemão e a Mangueira, zona norte, serão as próximas comunidades cariocas a ter um banco comunitário. Segundo o cronograma da Sedes, as agências serão inauguradas no primeiro semestre de 2012. No Brasil, já existem mais de 50 bancos deste tipo.

Fonte: Agência Sebrae de Notícias

Fotos da Feira de Santa Maria 2011

Entre os dias 8 e 10 de julho a cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, recebeu novamente o maior evento de economia solidária da América Latina, a 7a Feira de Economia Solidária do Mercosul.

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Durante a Feira, foi possível encontrar mais de sete mil variedades de produtos da agricultura familiar, agroindústria familiar, sementes crioulas, artesanatos, produtos dos povos indígenas, livros e materiais gráficos variados e uma grande diversidade de produtos da economia solidária.

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Fizeram parte da programação, ainda, atividades culturais, diversos seminários e oficinas, entre eles o I Encontro Nacional dos Pontos Fixos de Comercialização Solidária, realizado de 07 a 09 de julho pelo Instituto Marista de Solidariedade (IMS) e Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes/MTE), com apoio do Fórum Nacional de Economia Solidária (FBES) e Plataforma Faces do Brasil.

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Segundo a Brigada Militar, o evento recebeu, de 08 a 10 de julho, cerca de 151 mil visitantes.

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Vindos de 435 municípios, de 27 Estados do Brasil e de 15 países (da América Latina, Europa e África), Empreendimentos Solidários, Movimentos Populares, 220 Entidades e Organizações da Sociedade Civil e órgãos governamentais, compartilharam deste espaço aprendente e ensinante.

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Fotos: Ieda C. André

Informações: IMS

7a Feira de Economia Solidária do Mercosul

Entre os dias 8 e 10 de julho Santa Maria, no coração do Rio Grande do Sul, recebe novamente o maior evento de economia solidária da América Latina, a 7a Feira de Economia Solidária do Mercosul. Na verdade são duas feiras. Uma, na sétima edição, que é a Feira de Economia Solidária do Mercosul. E a outra, já na 18ª, que é a Feira Estadual do Cooperativo Alternativo. Ambas, e várias atrações paralelas, lotam oFEICOOP_2011 Centro de Referência de Economia Solidária Dom Ivo Lorscheister, logo abaixo da Basílica da Medianeira.

Simultaneamente também acontecem mais cinco eventos – a 10ª Feira Nacional de Economia Popular Solidária, a 11ª Mostra da Biodiversidade e Feira da Agricultura Familiar, o 7º Seminário Latino Americano de Economia Solidária, a 7ª Caminhada Internacional e Ecumênica pela PAZ e Justiça Social e o 7º Levante da Juventude do RS. Participam das ações, coordenadas pelo Projeto Esperança/Cooesperança da Diocese de Santa Maria, organizações e empreendimentos da economia solidária.

Durante o período, o FBES(Fórum Brasileiro de Economia Solidária) organiza diversas atividades, neste momento único de integração e interação das trabalhadoras e trabalhadores da economia solidária na América Latina.

 

Fonte: FBES

2 de julho, Dia Internacional do cooperativismo

O cooperativismo catarinense é citado como exemplo para o Brasil. Mais da metade da população estadual está vinculada às sociedades cooperativas que, em 2010, faturaram 12,5 bilhões de reais. No ano passado, aumentou em 22% o número de cooperados (hoje, mais de 1 milhão de famílias) e em 10,5% o movimento econômico.

Inspirado pelo Dia Internacional do Cooperativismo – comemorado neste sábado, 2 de julho – o presidente da Organização das Cooperativas do Estado de Santa Catarina (OCESC), Marcos Antônio Zordan, analisa o papel social das cooperativas na sociedade contemporânea.

Quais os motivos para comemorar o dia internacional do cooperativismo?

MARCOS ANTONIO ZORDAN Primeiro é o reconhecimento aos pioneiros, que encontraram no cooperativismo uma fórmula lógica e real de buscarem juntos o sucesso para cada indivíduo. Com a impossibilidade de, separados, conseguirem seus objetivos, a cooperação foi a solução. Quando as pessoas têm o mesmo objetivo certamente, ao se unirem, serão mais fortes. Mas o grande motivo é o sucesso do cooperativismo no mundo todo, que sempre busca a valorização do seu maior patrimônio que são as pessoas. Acreditamos que esse é o grande motivo de comemorarmos o Dia Internacional do Cooperativismo. Outro motivo, é que se trata da melhor forma que o mundo tem para a solução das injustiças sociais e reparar suas necessidades e angústias.

Quais as contribuições que o cooperativismo deu para o Brasil nesses quase um século?

ZORDAN Acredito que através de seus princípios, o cooperativismo é capaz de fazer com que as pessoas se sintam mais protegidas e preparadas para as dificuldades que possam vir a enfrentar. O cooperativismo busca, sem distinção, nos seus treze ramos de atividades,  o melhor para cada momento, além de preparar seus participantes para o futuro. Acreditamos que algumas atividades em muitas regiões do Brasil não existiriam se não fosse o grande trabalho do cooperativismo, buscando sempre, através da cooperação, a cidadania.

A Organização das Nações Unidas (ONU) e a Aliança Cooperativa Internacional (ACI) definiram como tema para comemorar esta data “Juventude: o futuro do cooperativismo”. Qual a importância de focar nesse assunto?

ZORDAN É por acreditar que a juventude é o futuro do mundo é que o Cooperativismo escolheu esse tema,não poderia ser diferente com relação ao futuro do Cooperativismo. Atualmente, em torno de 14% da população brasileira são jovens e por isso temos que apostar neles.Como base estamos trabalhando em cima do quinto princípio: educação,formação e informação.

O que os jovens representam para o cooperativismo?cooper

ZORDAN Os jovens são a continuidade do mundo, por tanto é neles que devemos acreditar e investir, porque será deles o compromisso não só do Cooperativismo, mas da própria humanidade.

O Brasil passa por um momento econômico de incertezas. Na sua opinião, como fica o cooperativismo nesse cenário?

ZORDAN São nesses momentos que o cooperativismo expressa sua verdadeira importância, dando, além de uma condição financeira mais equilibrada aos seus membros, também valoriza as pessoas.

E sobre a participação das mulheres no cooperativismo, que avaliação se pode fazer?

ZORDAN A mulher tem procurado seu espaço no cooperativismo. Nós temos dado através da Ocesc/sescoop todo o apoio, o que tem surtido um efeito muito gratificante. Falamos para elas que não adianta apenas querer ocupar espaço, mas sim se preparar para tal. E é isso que elas têm procurado fazer na sua grande maioria. Elas têm demonstrado cada vez mais interesse pelo cooperativismo e, com isso, quem ganha são as cooperativas pela forma de atuação das mulheres. Fizemos vários encontros com as mulheres. Neste ano ocorrerá o Primeiro Congresso Catarinense da Mulher Cooperativista.

Como o Sr. avalia o crescimento do cooperativismo catarinense? Em que medida a OCESC é responsável por este sucesso?

ZORDAN O cooperativismo catarinense tem crescido acima da média, principalmente quanto a participação do número de associados  das cooperativas. Isso vem confirmar  que o trabalho desempenhado pela Ocesc tem dado certo, especialmente no que se refere a prática dos princípios. Temos a participação efetiva dos dirigentes, que têm levado a sério com uma governança voltada ao quadro social, mas preocupada também com a condição econômica e financeira da própria entidade. A Ocesc, através  do Sescoop, tem feito um trabalho muito importante, oferecendo treinamentos aos dirigentes, funcionários, associados e familiares, com objetivo de conscientizá-los da importância de suas participações na  sociedade cooperativa.

Está no Congresso Nacional para ser votado há mais de 10 anos o projeto que cria a Lei Geral do Cooperativismo. Por que ainda não foi aprovada a lei? Que avanços do setor essa morosidade tem impedido?

ZORDAN A Lei Cooperativista realmente está no Congresso há muito tempo e muito já foi debatido sobre esse assunto. Infelizmente, não está existindo um consenso sobre o assunto, surgindo alas diferentes, opiniões diferentes, muitas vezes com interesses que não são para o bom desenvolvimento do cooperativismo. Muitas vezes até por desconhecerem a verdadeira atuação do Cooperativismo no País. Preocupados com isso, estamos apelando para que seja aprovado pelo menos o “Ato Cooperativo”, que nos dará melhores condições de desempenharmos nosso trabalho com mais tranquilidade e sucesso.

Quais as maiores dificuldades enfrentadas pelo cooperativismo brasileiro e catarinense?

ZORDAN Infelizmente, temos várias dificuldades. Muitas vezes a falta de consideração dos órgãos públicos; o não-acesso ao mercado aberto de ações; o desconhecimento das pessoas do sistema cooperativo; falta de acesso a determinados Fundos por parte das cooperativas de crédito, que iriam beneficiar os associados e o próprio Brasil; excessiva carga tributária pelo papel de governo que muitas vezes temos que fazer; falta de crédito compatível com o ramo de atuação pelo descriminado crescimento de cooperativas de “fachada”,o que vem a prejudicar aquelas cumpridoras dos princípios.

Para encerrar, quais as expectativas para o futuro do cooperativismo?

ZORDAN O futuro do Cooperativismo, não só no nosso Estado, mas do mundo acredito ser promissor haja vista seu crescimento. Em Santa Catarina, particularmente, temos um crescimento acima da média, como no ano que passou, que o crescimento econômico foi de 10,5%, enquanto o quadro social cresceu 22%. Isso prova realmente o comportamento do Cooperativismo e assim tem sido ano após ano, nos mais diversos ramos. É claro que alguns ramos vêm se destacando no número de associados como Crédito, Consumo, Infraestrutura, Transporte, Saúde e assim por diante. Estamos implementando vários trabalhos no sentido da conscientização da cooperação e cidadania, o que tem dado um grande reflexo na sociedade como um todo. Estamos cada vez mais enfatizando a importância da família  como célula mater do Cooperativismo.

Fonte: MARCOS A. BEDIN

MB Comunicação Empresarial/Organizacional

mb@mbcomunicacao.com.br

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