Ao longo da gravidez, o casal costuma se deparar com muitas dúvidas sobre o período da gestação e, especialmente, sobre o nascimento. O ideal, nesse caso, é consultar profissionais especializados para buscar orientação. Mas afinal, qual é o papel dos profissionais de fonoaudiologia nesse processo? Por que eles fazem parte do grupo que orienta casais que aguardam a chegada de um filho?
A fonoaudióloga da Unimed Chapecó, Daniela Baldissera Moroni, responde esses questionamentos, ressaltando que amamentar o bebê, para os fonoaudiólogos, significa prepará-lo para falar e prevenir futuras alterações de respiração, mastigação, deglutição e fala. A amamentação beneficia a criança não somente em relação ao aspecto nutritivo, propiciando o desenvolvimento físico e neuropsicomotor, mas também estimula o padrão nasal de respiração, instiga os músculos que participam da fala e das funções da alimentação (sucção, mastigação e deglutição). Também representa o início da comunicação e afetividade entre mãe e filho. “Para que haja um bom desenvolvimento e equilíbrio da musculatura oral e, consequentemente, bom padrão articulatório, é necessária a estimulação desde o nascimento, através do ato de amamentar”, orienta.
Até os três meses de vida, o bebê é dependente da mãe para o posicionamento durante a alimentação. Inicialmente, os bebês são inclinados para o lado durante a amamentação. Esta posição apresenta benefícios porque permite o alinhamento da cabeça e do corpo; menos escape oral anterior; mandíbula e língua podem mover-se sem muito esforço; os lábios, língua e mandíbula trabalham juntos para formar o vedamento labial eficiente ao seio ou bico da mamadeira durante a mamada. O recém-nascido é capaz de coordenar a sucção com sua respiração durante a alimentação. Os reflexos orais estão presentes para proteção e sobrevivência; a língua parece achatada e arredondada; a mandíbula, língua e lábios movem-se juntos. Os bebês nesta idade levam suas mãos, roupas e objetos à boca sugando-os.
Por meio deste tipo de exploração, eles se familiarizam com sensações e texturas. Com estas sensações criam-se importantes oportunidades de preparar a criança para a transição da mamadeira para o uso de copo e colher.
Segundo a fonouaudióloga, é durante a amamentação que o bebê reconhece o tom de voz da mãe, sente seu cheiro e ouve seus batimentos cardíacos.
É importante também, a realização do teste da orelhinha, o qual é feito em todos os bebês que nascem no Hospital Unimed Chapecó em novembro de 2008. Este teste é de fundamental importância para detectar precocemente problemas auditivos no recém-nascido. O teste da orelhinha tornou-se obrigatório em todo o Brasil em agosto de 2010.
Fonte: MARCOS A. BEDIN
MB Comunicação Empresarial/Organizacional
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